Grupos de colonos judeus forçaram sua entrada no complexo da Mesquita de Al-Aqsa, ponto crítico de Jerusalém, neste domingo (29), a fim de celebrar o Ano Novo judaico (Rosh Hashana), segundo relatos de autoridades palestinas.
“Cerca de 235 colonos judeus entraram no complexo,” afirmou em declaração da Autoridade de Recursos Religiosos, administrada pela Jordânia e responsável por supervisionar os locais sagrados islâmicos e cristãos na região. Declarou também que os colonos invadiram Al-Aqsa escoltados pela polícia israelense, a partir do Portão de Al-Mugharbah.
As comemorações do Ano Novo judaico tiveram início neste domingo e continuarão até terça-feira (1° de outubro).
Para os muçulmanos, Al-Aqsa representa o terceiro local mais sagrado no mundo. Judeus, por outro lado, referem-se à área como “Monte do Templo” e alegam ser o local de dois templos judaicos destruídos na Antiguidade.
Israel ocupou Jerusalém Oriental, onde se localiza a Mesquita de Al-Aqsa, durante a Guerra Árabe-Israelense de 1967. Em um movimento jamais reconhecido pela comunidade internacional, anexou toda a cidade em 1980, ao descrevê-la como capital “eterna e indivisível” do estado judeu.