O Comitê Popular pelo Fim do Cerco em Gaza revelou que 85% da população da Faixa de Gaza vive hoje abaixo da linha da pobreza devido ao bloqueio israelense. A declaração com tais estimativas foi divulgada no último sábado (28) por Jamal Al-Khodari, presidente do comitê. As informações são da Agência Anadolu.
Em Gaza, o rendimento médio diário per capita não supera US$ 2 e a taxa de desemprego está em 65% dentre os jovens, acrescentou Al-Khodari. Segundo ele, mais de 300 mil trabalhadores estão desempregados devido às condições deteriorantes da economia em Gaza, à medida que este número cresce diariamente, como resultado da interrupção de projetos humanitários fundamentais à população local devido ao bloqueio.
Al-Khodari destacou que absolutamente todas as fábricas em Gaza estão parcial ou totalmente afetadas pelo cerco, à medida que o território litorâneo testemunha o fechamento de lojas, empresas ou indústrias dia após dia, devido às condições econômicas ainda mais graves nos anos recentes.
O presidente do comitê palestino ainda ressaltou um déficit severo na liquidez, ou seja, a enorme dificuldade local de um produto ser convertido em fluxo de capital. O consumo de energia também decresce em escala diária, devido ao estado de estagnação econômica que afeta todos os aspectos da vida cotidiana da população local.
Al-Khodari acrescentou: “Quem quer que esteja ignorando a gravíssima situação econômica de Gaza está negligenciando uma realidade desastrosa, e não deseja encontrar qualquer solução.” Ele também pediu à comunidade internacional que assuma medidas práticas e pressione efetivamente Israel para que suspenda o cerco contra Gaza.
Al-Khodari clamou por apoio internacional, árabe e islâmico de todos os campos políticos e sociais, em particular do campo humanitário, a fim de evitar um iminente estágio de colapso total.