Ontem, cidadãos palestinos de Israel realizaram protestos contra a falta de ação das autoridades para conter uma onda de violência em cidades e vilas árabes, informou o Haaretz.
Segundo o jornal, os protestos continuaram ontem pelo terceiro dia consecutivo ao norte, na cidade de Umm Al-Fahm.
“Crianças em idade escolar e professores entraram em greve e, acompanhados por milhares de pessoas, marcharam pela cidade até sua principal delegacia, segurando cartazes pedindo que as pessoas se manifestassem e pedindo à polícia que apreendesse armas ilegais”, disse o jornal.
Enquanto isso, outro protesto ocorreu em Eilabun, perto da fronteira libanesa, que aparentemente foi “organizada espontaneamente por várias mulheres locais e levou centenas de pessoas às ruas”.
“Era importante para nós falarmos contra a violência nas ruas”, disse o morador local Joumana Moallem ao Haaretz.
Em resposta ao protesto em Eilabun, Ayman Odeh, presidente da Lista Conjunta, disse que “a violência na sociedade árabe é uma praga horrível” e descreveu a manifestação como “um símbolo de uma luta civil inspiradora”.
“Os cidadãos árabes estão de pé para condenar a violência, mas é papel da polícia israelense cortá-la na fonte”, acrescentou o líder do partido Hadash. “Isso acontecerá quando o corpo encarregado da segurança pública nos tratar como cidadãos iguais e não como inimigos”.
De acordo com o Haaretz, “o protesto em Umm Al-Fahm começou no fim de semana depois que um morador foi morto a tiros e dez dias depois de outros ter sido assassinado em circunstâncias semelhantes em uma cidade próxima”.