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Mossad israelense admite assassinato de líderes do Hamas no exterior

Logotipo do Mossad [Wikipedia]

Yossi Cohen, chefe do Mossad (serviço secreto israelense) reconheceu na quinta-feira (10) o assassinato de líderes do Hamas no exterior, segundo informações do jornal israelense Mishpacha, de orientação ultraortodoxa.

Em entrevista ao periódico israelense, conforme informações corroboradas pelo jornal Times of Israel, Cohen declarou que “há alguns assassinatos, mas o inimigo [Hamas] mudou de táticas,” ao observar que o Hamas “não tem pressa para nos atribuir os assassinatos, por razões próprias.”

Entretanto, acrescentou: “Se existem alvos que hesitamos em eliminar, estes são os oficiais do Hamas no exterior, de agentes locais àqueles que gerenciam aquisições de armas apontadas contra Israel.”

O oficial israelense alegou que tais assassinatos não são atos de vingança, mas apenas remoção de ameaças.

Quando questionado sobre a alegação do oficial militar iraniano Qasim Soleimani de que Israel tentou eliminá-lo junto do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, na capital libanesa Beirute, em 2006, Cohen afirmou: “Com todo o respeito à sua bravata, Soleimani ainda não necessariamente cometeu o erro que o colocaria na prestigiosa lista de alvos de assassinato do Mossad.”

Cohen reiterou: “Ele [Soleimani] sabe muito bem que seu assassinato não é impossível. Suas ações são identificadas e sentidas em todo lugar… não há dúvidas de que a infraestrutura construída por ele apresenta uma séria ameaça a Israel.”

Sobre o Irã, o oficial israelense declarou: “Israel não está interessado em um conflito com o Irã… Israel tem apenas um único interesse: evitar qualquer possibilidade do Irã obter poderio nuclear militar.”

“Não queremos o colapso do regime, não queremos vingança contra seus cientistas nucleares e não queremos bombardear Teerã. No fim do dia, Israel só quer trazer o Irã para a mesa de negociações e então chegar a um acordo que consiga bloquear qualquer possibilidade de poderio nuclear militar iraniano.”

Cohen destacou que o Irã não representa “de modo algum” uma ameaça existencial, mas somente “um risco de segurança” ao estado israelense, embora essa conjuntura possa mudar caso o país islâmico de fato obtenha armas nucleares.

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