Erdogan afirma que sanções do Ocidente sobre venda de armas não impedirão seus planos na Síria

O Presidente da Turquia Recep Tayyp Erdogan reiterou que as sanções do Ocidente sobre a venda de armas ao seu país não impedirão as operações de Ancara em território da Síria.

O presidente afirmou que dois soldados turcos e dezesseis membros do Exército Nacional Sírio foram mortos durante a operação lançada na última quarta-feira (9).

No último sábado (12), em declaração conjunta dos Ministérios da Defesa e de Relações Internacionais da França, o país europeu assegurou suspender todas as vendas de equipamentos militares que poderiam ser utilizados como parte da ofensiva de Ancara contra a população e combatentes curdos na Síria.

“Esta decisão entra em vigor imediatamente,” afirmou o governo francês, ao observar que uma reunião do Conselho de Relações Internacionais da União Europeia, marcada para hoje em Luxemburgo, será uma oportunidade para coordenar a abordagem europeia deste assunto, segundo a rádio francesa RMC.

A Turquia alega que o objetivo principal de suas operações militares é limpar a região de fronteira das milícias curdas, como as Unidades de Proteção Popular (YPG), hoje entrincheiradas em particular na margem oriental do Rio Eufrates, no território sírio. A Turquia enxerga os movimentos curdos como uma ameaça à sua segurança nacional e também reafirma a necessidade de estabelecer uma zona de segurança no noroeste da Síria.

Segundo as autoridades turcas, a operação deve atingir dois objetivos de uma única vez: o recuo das milícias curdas apoiadas pelos Estados Unidos e o assentamento de ao menos dois milhões de refugiados na zona de segurança, de modo que os deslocados sírios possam estabelecer um novo lar em seu próprio país de origem.

A operação militar é a terceira incursão da Turquia no norte da Síria, após a Operação Escudo do Eufrates em 2016 e a Operação Ramo de Oliveira em 2018, e cumpre com as promessas do presidente Erdogan, feitas na última semana, de que a Turquia assumiria seus próprios meios para estabelecer uma zona de segurança na região e que executaria essa missão sem a necessidade de apoios internacionais.

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