O Ministério das Finanças da Autoridade Palestina (AP) anunciou ontem (14) um cronograma para pagar aos funcionários seus salários atrasados, relatou a agência oficial de notícias Wafa.
Segundo a reportagem, o ministério “pagará seus empregados nesta quinta-feira pelos salários devidos referentes aos meses de abril, maio e junho em um único pagamento; os demais pagamentos referentes aos meses de julho, agosto e setembro serão pagos mensalmente junto ao salário pelos próximos três meses.”
Segundo a agência Wafa, o tesouro palestino recebeu este mês um adiantamento de US$ 500 milhões de Israel em recursos tributários, os quais a AP havia antes recusado como forma de protesto.
A recusa da Autoridade Palestina pretendia contestar uma decisão do governo israelense emitida em fevereiro deste ano que determinou a retenção de fundos equivalentes ao montante pago pela AP a famílias de prisioneiros nas cadeias israelenses e famílias de vítimas da ocupação.
Em reunião do gabinete, o primeiro-ministro palestino Mohammad Shtayyeh afirmou que, apesar de ter alcançado um meio-termo com as autoridades israelenses, a crise financeira – portanto, a disputa – não está encerrada.
“A retenção de impostos palestinos por Israel ainda não acabou e insistimos em receber todo o nosso dinheiro,” declarou Shtayyeh.
Segundo a agência Wafa, “o Ministério das Finanças afirmou que retomará o pagamento de salário integral a seus funcionários a partir deste mês, após efetuar o pagamento de somente metade dos salários pelos últimos oito meses, devido à transferência de US$ 200 milhões por mês em receitas fiscais, o que representa um alívio parcial na crise de liquidez.”