Em incursões executadas na madrugada de ontem (14), soldados israelenses detiveram em suas casas o governador palestino de Jerusalém Adnan Ghaith e o Secretário-Geral do Fatah Shadi Mutwar.
“O governador foi preso durante uma invasão contra sua casa no bairro de Silwan, em Jerusalém,” declarou a Sociedade de Prisioneiros Palestinos.
Fontes de imprensa afirmaram que os soldados da ocupação agrediram Mutwar em frente à sua família antes de levá-lo de sua casa, além de utilizarem de violência para revistar a residência de Ghaith.
Micky Rosenfeld, porta-voz da polícia israelense, afirmou à rede de notícias AFP que “os dois representantes foram detidos pela polícia e estão sendo interrogados”, mas não confirmou seus nomes ou qualquer outro detalhe.
Mohammad Mahmoud, advogado do Comitê de Presos Palestinos, relatou que a corte israelense recusou-se a libertar os dois oficiais e reiterou que eles terão de se apresentar em uma audiência pública, provavelmente ainda hoje. Ghaith e Mutwar foram acusados de envolvimento com atividades em nome da Autoridade Palestina (AP) na cidade de Jerusalém, esclareceu Mahmoud.
Mahmoud acrescentou que a Promotoria de Israel exige mantê-los em detenção “por exercer soberania em Jerusalém.” Atividades políticas palestinas, incluindo a Autoridade Palestina, são terminantemente proibidas em Jerusalém pelo governo da ocupação israelense.
Israel assumiu o controle de Jerusalém Oriental em 1967, durante a chamada Guerra dos Seis Dias. Mais tarde, anexou toda a cidade em um movimento jamais reconhecido pela comunidade internacional.
Ghaith e Mutwar já foram repetidamente abduzidos e aprisionados pelo Exército de Israel. Agressões contra representantes políticos palestinos representam parte das violações diárias cometidas contra oficiais, ativistas e instituições palestinas no território ocupado de Jerusalém.
Soldados israelenses também detiveram Sa’id Atari, chefe da Segurança Preventiva Palestina, junto de outros cinco jovens nos pátios da Mesquita de Al-Aqsa. Segundo a agência de notícias palestina Wafa, os soldados invadiram o complexo de Al-Aqsa antes de abordarem os seis palestinos.