Soldados israelenses voltaram a demolir a casa do palestino Islam Yousef Abu Hamid. Esta é a segunda vez que a casa de Abu Hamid é destruída pelas forças de Israel. O palestino a reconstruiu após uma primeira demolição em 2018. Os soldados invadiram o campo de refugiados de Al-Am’ari, perto da cidade de Ramallah, na Cisjordânia, bloquearam estradas e expulsaram residentes próximos à casa que seria demolida.
Palestinos locais confrontaram os soldados em frente à casa de Abu Hamid. Os israelenses responderam com métodos de dispersão de protestos, incluindo gás lacrimogêneo, o que feriu alguns jovens palestinos.
Abu Hamid foi indiciado pelo assassinato de um soldado israelense durante uma invasão do Exército de Israel ao campo de refugiados de Al-Am’ari, no último ano. O palestino de 32 anos derrubou uma laje de mármore do telhado de um edifício sobre o soldado israelense Ronen Lubarsky. O soldado foi gravemente ferido e morreu dois dias depois.
Condenado à prisão perpétua, Abu Hamid também tem de pagar uma indenização de 258.000 shekels (US$ 73.133) à família de Lubarsky, decisão emitida por uma corte militar em julho deste ano. Indultos de residentes palestinos condenados por cortes militares israelenses são extremamente raros e o sistema de cortes militares é denunciado reiteradamente por muitas organizações de direitos humanos internacionais.
Na ocasião da primeira demolição, em 2018, as forças da ocupação israelense inicialmente informaram a família Hamid que apenas dois andares do edifício seriam demolidos. Entretanto, em setembro, foi decidido que todos os quatro andares do edifício seriam destruídos.
Tais demolições de residências são consideradas uma forma de punição coletiva, o que configura crime de guerra sob a lei internacional.