A prisioneira jordaniana Heba Al-Labadi, que está em greve de fome por aproximadamente 30 dias, foi transferida para um hospital na última quinta-feira (24), após suas condições de saúde deteriorarem, anunciou o Ministério de Relações Internacionais da Jordânia.
Segundo Sufyan Al-Qudah, porta-voz do ministério, Al-Labadi foi transferida ao hospital, onde recebeu o tratamento necessário antes de retornar à prisão, no mesmo dia.
“A condição de Al-Labadi agora é estável,” declarou Al-Qudah, reiterando que os representantes do Ministério de Relações Internacionais da Jordânia em Tel Aviv reivindicaram que Israel administre todo o tratamento médico necessário para a greve de fome.
Ahmad Al-Labadi, pai de Heba, revelou anteriormente ao jornal Quds Press que a saúde de sua filha está deteriorando severamente, além de apresentar dores relacionadas a deficiências cardíacas.
Heba Al-Labadi foi presa por forças da ocupação israelense em 20 de agosto, ao atravessar o posto de controle de Al-Karama, na fronteira entre Israel e Jordânia, junto de sua mãe, para ir a um casamento em Nablus, na Cisjordânia ocupada.
Logo nas primeiras semanas de prisão, Heba Al-Labadi foi submetida a interrogatórios severos e tortura e impedida de ver sua família.
Após 33 dias de prisão, embora nenhuma acusação tenha sido feita oficialmente, uma corte militar israelense emitiu uma ordem de detenção administrativa por cinco meses contra Heba. Então, foi transferida para a Prisão de Al-Damon.
Em protesto, Heba decidiu dar início a uma greve de fome indeterminada, para denunciar os maus tratos e as condições de prisão administrativa, que pode ser renovada indefinidamente sem qualquer acusação ou julgamento.