Dois cidadãos jordanianos detidos em Israel foram libertados e retornaram à Jordânia, encerrando esta etapa da crise diplomática em curso entre os dois países.
Heba Al-Labadi, 24 anos, e Abdul Rajham Miri, 29 anos, foram soltos na manhã desta quarta-feira (6) logo após Israel anunciar seus planos para libertá-los. A dupla retornou à Jordânia por meio da travessia de Allenby.
Após a prisão dos cidadãos jordanianos – segundo Israel, devido a questões de “segurança” –, uma campanha de repúdio e manifestações foi lançada para reivindicar sua libertação. Al-Labadi deu início a uma greve de fome em protesto contra sua prisão administrativa – sem qualquer acusação ou julgamento –, que se manteve por 41 dias. Seu protesto teve fim na última terça-feira (5).
Devido ao impasse, a Jordânia pediu o retorno de seu embaixador em Israel, Ghassan Al-Majali. Após a libertação dos prisioneiros, declarou então que o diplomata voltará a seu posto.
O gabinete do Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu anunciou que a “Jordânia devolverá seu embaixador a Israel nos próximos dias, após os países chegarem a um acordo pela transferência da responsabilidade sobre os dois jordanianos detidos em Israel para as forças de segurança jordanianas.”
“Israel enxerga a relação com a Jordânia como uma pedra fundamental à estabilidade regional e continuará a agir para garantir a segurança da região,” prosseguiu a declaração oficial.
Diversos relatos surgiram sobre o uso de tortura contra Al-Labadi pelas forças israelenses. Detalhes incluem métodos nos quais a prisioneira foi mantida em posições de estresse, deixada nua e vigiada por soldados ou obrigada a viver em condições degradantes em celas infestadas de baratas.