O número de mortos entre civis e forças de segurança durante os protestos em curso no Iraque desde o último mês aumentou para 319 pessoas, segundo estimativas da Comissão de Direitos Humanos do Iraque anunciadas na sexta-feira (8).
Em declaração divulgada ontem (10), a comissão ainda afirmou que foi capaz de documentar tais mortes por meio de fontes oficiais, reiterando que não pôde averiguar o número de feridos durante as manifestações. Entretanto, organizações independentes de direitos humanos confirmaram anteriormente que ao menos 8.000 pessoas foram feridas.
A comissão oficial iraquiana fez um apelo às autoridades e grupos políticos para que cooperem com o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (EACDH), ao informá-lo sobre números precisos referentes às manifestações, a fim de garantir que a entidade cumpra adequadamente suas responsabilidades.
A comissão acrescentou que as autoridades não possuem os meios e a capacidade de administrar os protestos em curso e expressou “profunda preocupação sobre o uso de franco-atiradores e indivíduos não-identificados que atiram contra manifestantes utilizando rifles de caça, além da explosão de bombas de efeito sonoro perto dos focos de manifestação.”
O escritório de direitos humanos das Nações Unidas declarou no último sábado (9) que o índice de mortos durante os protestos chegou a 269 pessoas, com ao menos 8.000 feridos.