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Guerra no Iêmen privou 4.5 milhões de crianças do acesso à educação

Crianças participam de manifestação no Dia Mundial da Criança, data global da UNICEF em defesa da infância, em frente ao edifício das Nações Unidas em Sanaa, Iêmen, 20 de novembro de 2019 [Mohammed Hamoud/Agência Anadolu]

Cerca de 4.5 milhões de crianças iemenitas foram privadas do devido acesso à educação desde 2014, quando os rebeldes houthis tomaram controle da capital Sanaa, anunciou ontem (20) Ibtijah Al-Kamal, Ministra do Trabalho e Assuntos Sociais do Iêmen.

A ministra acusou os houthis de transformar escolas em quartéis militares e propagar o ódio e o racismo em seus livros didáticos.

Em declaração que marcou o Dia Mundial da Criança – data estabelecida pelas Nações Unidas –, a ministra afirmou que os houthis recrutaram mais de 23.000 crianças e sequestraram outros 700 menores iemenitas.

Como resultado de minas terrestres instaladas arbitrariamente em áreas controladas pelos houthis, 800 crianças foram mortas ou feridas.

A ministra também afirmou que dois milhões de crianças de um total de três milhões nascidas desde o início dos confrontos sofrem de problemas de saúde.

Dois milhões de crianças também foram forçadas a servir de mão-de-obra para o mercado de trabalho após o colapso da economia do Iêmen e como resultado da morte dos principais provedores da família.

O Iêmen permanece em situação de miséria e guerra civil desde 2014, quando rebeldes houthis tomaram grande parte do país, incluindo a capital Sanaa. Em 2015, Arábia Saudita e seus aliados árabes lançaram uma campanha aérea massiva com o objetivo de reverter os ganhos militares houthis e defender o governo sitiado do Iêmen.

Segundo o Projeto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos (ACLED), durante a guerra, mais de 100.000 pessoas foram mortas e onze por cento da população do país sofreu deslocamentos forçados.

 

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