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Netanyahu deve sair de quatro ministérios

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa de Israel Naftali Bennett (à sua direita) em reunião de segurança com oficiais militares de alto nível no Comando Sul em Beersheba, Israel. Em 13 de novembro de 2019. [Amos Ben Gershom / GPO/Divulgação/Agência Anadolu]

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deve sair de quatro pastas ministeriais que dirige após a acusação contra ele por suborno, fraude e quebra de confiança, informou o Haaretz ontem.

Segundo o jornal israelense, a decisão se baseia em uma sentença da Suprema Corte de 1993, que estipulou que o então primeiro-ministro Yitzhak Rabin deveria demitir um ministro que foi indiciado devido à gravidade das acusações.

Atualmente, Netanyahu comanda os ministérios da Agricultura, Saúde, Assuntos Sociais e Assuntos da Diáspora.

Segundo o Haaretz, Netanyahu não planeja deixar o cargo de primeiro ministro, já que o tribunal ainda não decidiu se o precedente legal de 1993 se aplica neste caso.

O tribunal observou que é uma questão sem precedentes indiciar um primeiro ministro em exercício.

A Quds Press reproduziu notícia do Canal 13 de TV israelense de que o Supremo Tribunal deve discutir se Netanyahu é capaz de cumprir sua missão como primeiro-ministro depois de ser acusado.

“Algumas autoridades do Ministério da Justiça esperam que Netanyahu não possa permanecer como primeiro-ministro enquanto for indiciado”, informou o Canal 13.

O Times de Israel informou que pelo menos dois grupos estavam preparando petições contra a continuidade da gestão de Netanyahu.

Segundo o jornal, tanto o Partido Trabalhista quanto o Movimento para o Governo de Qualidade em Israel disseram que apelariam ao Supremo Tribunal de Justiça para forçar Netanyahu a renunciar, com mais petições.

A ex-chefe do Meretz ,Tamara Zandberg pediu a formação de um comitê no Knesset para retirar Netanyahu de sua imunidade.

Ela disse que não é razoável que o primeiro ministro seja indiciado e que não há lei que o force a renunciar.

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