O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deve sair de quatro pastas ministeriais que dirige após a acusação contra ele por suborno, fraude e quebra de confiança, informou o Haaretz ontem.
Segundo o jornal israelense, a decisão se baseia em uma sentença da Suprema Corte de 1993, que estipulou que o então primeiro-ministro Yitzhak Rabin deveria demitir um ministro que foi indiciado devido à gravidade das acusações.
Atualmente, Netanyahu comanda os ministérios da Agricultura, Saúde, Assuntos Sociais e Assuntos da Diáspora.
Segundo o Haaretz, Netanyahu não planeja deixar o cargo de primeiro ministro, já que o tribunal ainda não decidiu se o precedente legal de 1993 se aplica neste caso.
O tribunal observou que é uma questão sem precedentes indiciar um primeiro ministro em exercício.
A Quds Press reproduziu notícia do Canal 13 de TV israelense de que o Supremo Tribunal deve discutir se Netanyahu é capaz de cumprir sua missão como primeiro-ministro depois de ser acusado.
“Algumas autoridades do Ministério da Justiça esperam que Netanyahu não possa permanecer como primeiro-ministro enquanto for indiciado”, informou o Canal 13.
O Times de Israel informou que pelo menos dois grupos estavam preparando petições contra a continuidade da gestão de Netanyahu.
Segundo o jornal, tanto o Partido Trabalhista quanto o Movimento para o Governo de Qualidade em Israel disseram que apelariam ao Supremo Tribunal de Justiça para forçar Netanyahu a renunciar, com mais petições.
A ex-chefe do Meretz ,Tamara Zandberg pediu a formação de um comitê no Knesset para retirar Netanyahu de sua imunidade.
Ela disse que não é razoável que o primeiro ministro seja indiciado e que não há lei que o force a renunciar.