O Egito cortou laços com o Catar em razão do “apoio do Estado do Golfo a grupos terroristas [Irmandade Muçulmana]”, disse ontem o representante egípcio do Tribunal Internacional de Justiça.
“O Catar mantém uma posição hostil contra o Egito ao apoiar operações terroristas na Península do Sinai”, destacou Amgad Abdel Ghaffar, acrescentando que Doha estava “promovendo a doutrina da Al-Qaeda e Daesh”.
Respondendo ao que ele descreveu como “a interferência de Doha nos assuntos internos do Egito”, Abdel Ghaffar enfatizou que seu país havia rejeitado repetidamente a decisão do Catar.
“O Catar deixou o Egito sem escolha a não ser cortar os laços”, reiterou, apontando que sua interferência estava “ameaçando a segurança nacional do Egito”.
“Todos os países da região foram afetados pela interferência do Catar em seus assuntos internos”, observou a autoridade egípcia, explicando que, em 2013, o canal de TV Al-Jazeera do Catar estava promovendo o que ele descreveu como “ódio e violência entre os egípcios”.
Desde 5 de junho de 2017, o Egito, juntamente com a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein, impõe um bloqueio ao Catar, acusando-o de apoiar o terrorismo. Doha nega as alegações e diz que os países envolvidos no boicote estão de fato trabalhando para forçar uma mudança de governo no Catar.