O Estado de Israel proibiu a travessia de oficiais da Malásia em sua fronteira e os impediu de acessar os territórios palestinos ocupados, em aparente retaliação aos comentários contrários à ocupação israelense feitos recentemente por Mahathir Mohammad, primeiro-ministro do país asiático.
A rede de notícias palestina Maan relatou ordens do Ministro de Relações Exteriores de Israel para que não permitisse a entrada de diplomatas malaios em Israel ou na Cisjordânia ocupada.
“A Malásia é um estado chefiado por um líder antissemita,” acusou um oficial de alto escalão do governo israelense, segundo o jornal em hebraico Yedioth Ahronoth.
Todos os anos, cerca de 40.000 cidadãos da Malásia e Indonésia têm sua entrada permitida em Israel, segundo alegou um oficial do Ministério de Relações Exteriores. A fonte oficial afirmou que tais cidadãos continuarão a ter sua admissão permitida no território israelense; entretanto, reiterou: “A vinda de diplomatas malaios não será permitida. Quando mudarem sua política, mudaremos a nossa.”
No final de outubro de 2019, o Primeiro-Ministro da Malásia Mahathir Mohammad anunciou que seu país deverá abrir uma embaixada credenciada para a Palestina.
“Sabemos que Israel não permitirá a abertura de uma embaixada nos territórios palestinos ocupados. Deste modo, abriremos uma embaixada para a Palestina na Jordânia,” afirmou Mohammad na ocasião.