Palestinos detidos na prisão israelense de Ashkelon anunciaram nesta terça-feira (3) sua intenção de dar início a uma greve de fome por tempo indeterminado como protesto contra a escalada das medidas repressivas executadas pela administração penitenciária de Israel.
A organização não-governamental Clube de Prisioneiros Palestinos afirmou que 33 palestinos detidos participarão da greve de fome por tempo indeterminado a partir de quarta-feira (4).
Segundo a entidade, a administração penitenciária de Ashkelon passou a executar novas medidas repressivas contra os prisioneiros palestinos assim que dez novos prisioneiros chegaram à prisão via transferência.
A administração penitenciária ameaçou os detentos palestinos que, caso participem da greve de fome, serão transferidos para a chamada Ala 12 de Ashkelon, conhecida por celas cujas condições são absolutamente desumanas, repletas de insetos.
O Clube de Prisioneiros Palestinos relatou que a administração penitenciária também destruiu diversos pertences dos detentos palestinos no último mês de outubro e então transferiu alguns deles para a prisão de Nafha, além de isolar um grupo de prisioneiros doentes em condições severas na Ala 12 de Ashkelon.
Alguns dias atrás, a administração penitenciária de Ashkelon decidiu devolver os prisioneiros às suas celas comuns. Ao retornar, encontraram pertences destruídos e marcas de sapatos sobre o Alcorão.
A administração penitenciária israelense efetivamente intensificou suas políticas repressivas contra os prisioneiros palestinos desde o início de 2019.