O Comitê para a Proteção aos Jornalistas (CPJ) reivindicou a libertação imediata de Sameh Al-Titi, jornalista palestino detido sem acusações formais pelas autoridades de Israel. O comitê requer que Al-Titi seja solto ou que as acusações contra ele sejam tornadas públicas.
Al-Titi, repórter da Rádio Alam, filiada à Universidade de Hebron (Al-Khalil), foi preso em sua residência no campo de refugiados de Al-Arroub, por forças da ocupação israelense, na última segunda-feira (9).
Segundo informações do CPJ, Al-Titi está detido no centro de interrogatórios de Petah Tikva, perto de Tel Aviv. A organização internacional reitera: “As autoridade não revelaram qualquer justificativa para sua prisão ou mesmo as acusações levantadas contra ele.”
De acordo com o CPJ, o irmão do palestino detido, Alaa Al-Titi, compartilhou em sua página do Facebook nesta quarta-feira (11) que “uma corte militar impediu Sameh Al-Titi de encontrar-se com um advogado, e estendeu a prisão por mais oito dias enquanto as autoridades conduzem investigações.”
“Estamos bastante preocupados pela prisão de Sameh Al-Titi, dado o uso frequente por parte de Israel de medidas ilegais, incluindo detenção administrativa e prisão de jornalistas sem qualquer acusação ou julgamento,” afirmou Ignacio Miguel Delgado, representante do CPJ para o Oriente Médio e Norte da África.
“As autoridades israelenses devem explicar imediatamente o porquê de manter Al-Titi, ou então devem deixá-lo ir,” reiterou Delgado.
Alaa Al-Titi também descreveu em sua página do Facebook como foi realizada a abordagem das forças da ocupação israelense, que apreenderam o computador e o telefone celular do jornalista durante a invasão à sua residência.
O CPJ acrescentou: “Um dia antes de ser preso, Al-Titi publicou um artigo no website da Rede de Notícias Al-Quds criticando o governo israelense por utilizar eventos esportivos para remediar sua imagem internacional.”
A organização internacional de defesa da liberdade de imprensa, com sede na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos, também observou que as autoridades da ocupação israelense não responderam aos pedidos do grupo para sequer comentar o caso.