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Israel avança 22.000 unidades habitacionais em assentamentos ilegais por três anos

Unidades de assentamentos israelenses em Jerusalém em 4 de outubro de 2018 [Mostafa Alkharouf/Agência Anadolu]

As autoridades israelenses aprovaram ou avançaram nos planos para mais de 22 mil unidades habitacionais em assentamentos ocupados na Cisjordânia nos últimos três anos, segundo um alto funcionário da ONU.

Conforme noticiado pela agência Associated Press (AP), o embaixador do processo de paz da ONU para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, apresentou os números em uma atualização periódica ao Conselho de Segurança, conforme exige uma resolução adotada em dezembro de 2016.

Além disso, ele disse a diplomatas que reafirmava, assim como nos três anos desde a aprovação da resolução, a ilegalidade dos assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental: “Israel emitiu propostas para cerca de 8.000 unidades habitacionais”.

Mladenov disse que os números “devem ser uma preocupação séria para todos aqueles que continuam a apoiar o estabelecimento de um estado palestino independente e viável ao lado de Israel”.

Segundo ele, Israel não tomou medidas para “cessar todas as atividades de assentamento” e suas demolições e apreensões de estruturas pertencentes a palestinos também continuaram.

Em um relatório ao Conselho de Segurança divulgado ontem, o Secretário-Geral Antonio Guterres pediu que a expansão dos assentamentos israelenses “deva cessar imediata e completamente”.

Guterres disse que lamentou o anúncio do governo Trump de que não vê mais os assentamentos israelenses como “inconsistentes com o direito internacional”.

O embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, disse que duas palavras podem resumir a realidade para os palestinos: “confinamento” em Gaza e na Cisjordânia e “expansão” para os assentamentos israelenses.

Ele acrescentou: “O objetivo desta política é claro: adquirir o máximo de terras palestinas com o mínimo de palestinos”.

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