A Liga Árabe realiza hoje uma sessão de emergência para discutir a nova missão comercial do Brasil em Jerusalém, informou a Quds Press.
O representante da Autoridade Palestina na Liga Árabe, Dyab Al-Louh, disse na quarta-feira que os membros estão analisando possíveis medidas a serem tomadas em relação a essa etapa “ilegal”. Ele ressaltou a importância de ter uma posição árabe pressionando o Brasil a anular sua decisão, porque a abertura de uma missão comercial na cidade ocupada é “uma violação do direito internacional e das resoluções internacionais”.
O representante da AP acrescentou que a decisão do Brasil é um tapa na cara da Liga Árabe. “Avisamos o Brasil em mais de uma ocasião que essas medidas prejudicam o status legal de Jerusalém.” Al-Louh pediu ao governo brasileiro que cancelasse essa “aventura” que prejudicaria os interesses do povo brasileiro e “certamente não ajudará alcançar a paz e a justiça no Oriente Médio.”
No domingo, Eduardo Bolsonaro, filho do presidente de direita do Brasil, Jair Bolsonaro, abriu a missão comercial em Jerusalém e destacou que o governo de seu pai transferirá sua embaixada de Tel Aviv para a Cidade Santa, seguindo os passos da EUA e vários outros países.
Nenhuma medida séria foi tomada pelos estados árabes em resposta a essas ações ilegais dos EUA. Eles simplesmente condenaram a ação, enquanto normalizavam suas relações com o estado de ocupação.