O governo israelense está trabalhando para restringir ainda mais os meios já restritos para construção civil por parte dos palestinos na chamada Área C da Cisjordânia ocupada, relatou o jornal Israel Hayom.
A publicação relatou que Naftali Bennett, Ministro da Defesa de israel, está trabalhando para combater o desenvolvimento palestino na região da Cisjordânia, a qual ele próprio e outros líderes da direita israelense já declararam ter intenção de anexar.
Com o tempo, autoridades da ocupação israelense tornaram quase impossível que os residentes palestinos da região construíssem “legalmente” na chamada Área C, onde os palestinos são discriminados institucionalmente e devem obter alvarás de construção pouco acessíveis emitidos pela autoridade ocupante.
Agora, Bennett emitiu instruções diretas às autoridades da ocupação para que intensifiquem a repressão israelense contra os palestinos.
Segundo o Israel Hayom, Bennett reuniu-se diversas vezes nas últimas semanas com oficiais do alto escalão israelense, à medida que o ministro ultraconservador efetivamente busca “dar fim a toda e qualquer construção ilegal palestina dentro de dois anos”.
À luz do sistema deliberado de discriminação do Estado de Israel, alguns governos europeus forneceram recursos modestos para as comunidades palestinas ameaçadas. Este apoio enfureceu as autoridades da ocupação israelense. Para estas, tais construções dos residentes nativos palestinos são consideradas “invasão” ilegal das terras em questão.
O periódico israelense, que alega acesso às instruções de Bennett, afirma que o plano de Israel possui quatro elementos: “operacional, econômico, jurídico e de relações públicas”.
Uma suposta mudança nas “prioridades de execução” será referente às demolições “conduzidas de acordo com os interesses israelenses, ao priorizar de fato construções ilegais próximas a estradas ou assentamentos.”
Bennett também parece “desejar assumir medidas que interrompam o fluxo de recursos europeus” em apoio a construções palestinas. O ministro declarou a oficiais: “Não mais cruzaremos os braços enquanto a União Europeia realiza aqui construções políticas e ilegais.”