Líderes católicos em Israel exigem que o governo permita que os cristãos de Gaza visitem Belém

Líderes católicos em Israel reafirmaram um apelo para que o governo da ocupação permita que cristão palestinos da Faixa de Gaza viagem para visitar a cidade de Belém, na Cisjordânia, para as festividades do Natal, na próxima semana, relatou o jornal israelense Haaretz.

Na última semana, as autoridades da ocupação israelense declararam que os cristão de Gaza “não receberiam permissão para viajar à Cisjordânia para o feriado”.

Cerca de 950 palestinos, dos aproximadamente 1.200 cristãos de Gaza, requisitaram a saída do território litorâneo para o Natal, mas o governo israelense concordou apenas em “permitir que cem pessoas acima da idade de 45 anos viagem para a Jordânia, mas não para a Cisjordânia”.

Após protestos internacionais, as autoridades da ocupação israelense compartilharam um link online “afirmando que 500 pessoas receberão a permissão para deixar Gaza no Natal”. Entretanto, “algumas horas depois, o link foi deletado e o escritório afirmou que nenhuma decisão fora alcançada, sob a alegação de um erro técnico”.

A declaração emitida ontem (19) pelos líderes das igrejas católicas em Israel para diplomatas estrangeiros, além do governo israelense, condenou a ambiguidade e a indecisão do estado ocupante sobre tais viagens de caráter religioso. Segundo o Haaretz, “os líderes eclesiásticos afirmaram que não autorizar a viagem à Cisjordânia para os eventos do Natal viola efetivamente as liberdades religiosas dos palestinos de Gaza.”

Em 2018, Israel emitiu autorizações a cerca de 700 cristãos palestinos para que viajassem de Gaza a Jerusalém, Belém, Nazaré e outras cidades. Em abril de 2019, cerca de 300 cristãos palestinos de Gaza receberam a autorização para visitar Jerusalém e Cisjordânia para as celebrações da Páscoa, “somente após pressão pública sobre Israel, para que mudasse sua decisão inicial de proibí-los de entrar nos referidos locais”.

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