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Morre a primeira mulher na prisão do Egito

Mulheres egípcias da Irmandade Muçulmana. vestidas de branco e segurando rosas, na engradado dos réus, durante seu julgamento no tribunal na cidade nediterrrânea egípcia de Alexandria. Em 7 de dezembro de 2013. [AFP/Getty Images]

Uma mulher egípcia morreu hoje na prisão de Qanater, no Egito, depois que sua saúde se deteriorou, o que dez dela a primeira fatalidade feminina em uma prisão egípcia.

Cerca de 900 mulheres foram detidas no Egito desde o golpe de 2013. Delas, 70 ainda estão na prisão, submetidas a graves violações físicas e psicológicas, que vão de tortura a agressão sexual, segundo organizações de direitos humanos.

Maryam Salem, de 32 anos, deu à luz Abdul Rahman dentro da prisão Qanater, no Cairo. Seu filho foi tirado dela e colocado em um orfanato após seu segundo aniversário. Maryam foi condenada com duas sentenças, de dez e quinze anos.

As detentas alertaram repetidamente estarem sendo maltratadas na prisão e várias delas, incluindo Israa Abdelfattah e Aisha Al-Shater, iniciaram greves de fome em protesto contra a injustiça que estão sofrendo.

Famílias das prisioneiras revelaram que as detentas foram submetidas a tortura de várias formas, com uso de eletricidade, estupros ou ameças de estupro, nudez forçada e confinamento solitário em pequenas celas sem ventilação e banheiros.

A promotoria egípcia continua a usar a prisão preventiva como punição para os opositores políticos, renovando a prisão de dezenas de mulheres sem levá-las a julgamento.

Grupos de direitos humanos pediram ações para interromper os maus-tratos a prisioneiros.

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