Ao menos oito pessoas foram mortas nesta quarta-feira (1°) devido ao lançamento de mísseis executado pelo Exército de Bashar al-Assad contra um abrigo para famílias deslocadas internamente, no noroeste da Síria, conforme relatos de testemunhas e residentes locais, segundo informações da agência Reuters.
Cinco crianças estão entre os mortos em um ataque contra uma escola não-operante na cidade de Sarmin, na província de Idlib, conforme informações corroboradas por dois médicos locais, além de dezesseis outras pessoas feridas.
O edifício escolar era usado por famílias que fugiam da campanha de bombardeios sírios e russos contra Idlib, o último bastião da oposição síria, no noroeste do país.
Sarmin é uma das cidades e aldeias atacadas incessantemente por jatos de guerra russos e artilharia síria desde dezembro de 2019, quando o governo renovou sua campanha de ataques militares contra a província síria, a despeito de um acordo estabelecido em setembro por líderes da Turquia, Irã e Rússia, cujo objetivo era atenuar as tensões locais.
Mísseis superfície-superfície lançados pelo Exército da Síria mataram ao menos onze crianças em um campo de refugiados na aldeia de Qah, em Idlib, em 20 de novembro de 2019, segundo médicos e testemunhas.
Na última semana, a Organização das Nações Unidas declarou que 235.000 civis fugiram de suas casas em apenas duas semanas na região, entre 12 e 25 de dezembro.
A campanha liderada pela Rússia teve início em abril de 2019 e forçou ao menos 500.000 pessoas a deixarem suas residências em direção a áreas próximas à fronteira com a Turquia, raramente atacada por jatos de guerra russos.
Equipes de resgate e testemunhas locais afirmam que a campanha de bombardeios responsável pela morte de milhares de civis deixou muitas cidades em ruínas e destruiu dezenas de centros médicos.
Também na última semana, o Presidente dos Estados Unidos Donald Trump decidiu condenar a “carnificina” em Idlib. Os governos em Moscou e Damasco negam quaisquer alegações de bombardeios indiscriminados contra civis e afirmam que tais atos foram executados por combatentes jihadistas.