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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel deve se preparar para enfrentar a Turquia no Mediterrâneo, afirma jornalista

Navio de perfuração turco Fatih’ continua a operar perto do território litorâneo escoltado por embarcações militares da Turquia, a oeste da Ilha de Chipre, no Mar Mediterrâneo, em 11 de julho de 2019 [Ministério da Defesa da Turquia/Agência Anadolu]

O atual conflito sobre campos de gás no Mar Mediterrâneo entre Turquia e países locais como a Ilha de Chipre está incitando diversas lutas por poder e influência na região, por exemplo, entre Israel, Egito, Turquia, Rússia e Líbia, conforme relatou o jornalista israelense Tzur Shezaf em artigo publicado nesta quarta-feira (1°). Segundo o jornalista, tais tensões demandam “interferência da marinha israelense”.

“Em 2015, certo número de oficiais de alto escalão da inteligência militar israelense pediram-me informações sobre atividades do Daesh [Estado Islâmico] no Iraque e na Síria,” alegou Tzur Shezaf em seu artigo publicado pelo site israelense Ynet News. “Disse-lhes na época que o Daesh era uma ameaça fútil e que não impunha qualquer ameaça real a Israel.” Shezaf prosseguiu ao supostamente alertar os oficiais israelenses sobre o que descreveu como “verdadeira ameaça a Israel e seus interesses,” referindo-se à Turquia.

“A Turquia tornou o exército mais forte entre os países da OTAN e o segundo maior exército no continente europeu, após somente o exército russo,” afirmou Shezaf. “A influência turca tornou-se cada vez mais significativa na Líbia durante os anos, em particular no decorrer dos últimos meses.”

“O conflito em curso na Líbia não trata-se apenas de recursos de gás e petróleo, mas também de controle sobre as águas regionais, pois a Líbia está localizada em oposição direta ao território turco e as autoridades turcas acreditam que os gasodutos cipriotas, gregos, egípcios e israelenses penetram em suas águas territoriais,” reiterou Shezaf.

“Com todos os conflitos regionais que acontecem hoje no Oriente Médio, Israel tem de fortalecer suas armas navais, com o objetivo primário de proteger suas águas territoriais, ao fazer uso de sua aliança com Egito, Grécia e Chipre,” concluiu o jornalista israelense.

Em 27 de novembro de 2019, o governo em Ancara e o chamada Governo do Acordo Nacional da Líbia, reconhecido internacionalmente, assinou dois pactos independentes: um sobre cooperação militar e outro referente às fronteiras marítimas entre os países do Mediterrâneo Oriental. Grécia e Chipre, que possuem disputas históricas sobre o território marítimo com a Turquia, alegam que o acordo é nulo e viola leis marítimas internacionais.

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