Forças do governo líbio anunciaram ontem (1°) a captura de 25 atiradores filiados às milícias rebeldes do General Khalifa Haftar, ao sul da capital Trípoli.
Declaração divulgada pelo centro de mídia da chamada “Operação Vulcão” afirmou que as forças militares do Governo do Acordo Nacional da Líbia, reconhecido internacionalmente, capturaram nesta quarta-feira “25 combatentes filiados ao criminoso de guerra e ex-Marechal de Campo Khalifa Haftar.”
A declaração sugere que entre os atiradores estão “mercenários”. Segundo o comunicado, a captura dos combatentes rebeldes foi feita enquanto tentavam invadir a capital Trípoli.
O Governo do Acordo Nacional também anunciou que três civis foram mortos após um avião de guerra bombardear a região de Sawani, também ao sul de Trípoli. O bombardeio atingiu uma fábrica de ferro e aço e um depósito local, e resultou nas mortes do proprietário da fábrica, seu filho e um motorista.
No início de abril de 2019, o General Haftar lançou a chamada campanha “Inundação da Dignidade” sobre regiões ao oeste do país, incluindo a capital Trípoli. Os avanços de Haftar foram condenados amplamente pela comunidade internacional, que alertou para o risco efetivo de mais outra guerra civil na Líbia.
Haftar visitou o Cairo em meados de abril, quando conversou com o Presidente do Egito Abdel Fattah Al-Sisi, apoiador explícito do general renegado. O comandante líbio também recebeu apoio dos Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Israel. França e Rússia são frequentemente acusados de apoiar não-declaradamente as forças de Haftar, sediadas na cidade portuária de Benghazi, apesar de publicamente apoiarem resoluções da ONU contra o conflito local.