O Departamento de Estado dos Estados Unidos divulgou ontem (2) uma declaração invocando todos os seus cidadãos a evitarem viajar ao Iraque. “Todos os americanos no Iraque estão sob alto risco de violência e sequestro,” afirmou.
Na quarta-feira (1°), a Embaixada dos Estados Unidos na capital iraquiana Bagdá declarou ter suspendido todas as operações públicas diplomáticas “até nova ordem”, um dia depois de manifestantes iraquianos invadirem seu perímetro interno. Os manifestantes iniciaram incêndios, atiraram pedras e destruíram câmeras de segurança.
O tumulto do lado de fora do complexo da embaixada ocorreu após ataques aéreos americanos atingirem bases do grupo Kataib Hezbollah, apoiado pelo Irã, no último domingo, 29 de dezembro. Os ataques aéreos resultaram na morte de 25 pessoas e outros 51 feridos. Segundo Washington, a operação ocorreu em retaliação por ataques a mísseis que mataram um prestador de serviços americano no norte do Iraque, na última semana.
Os protestos marcaram um novo fato na guerra obscura entre Estados Unidos e Irã, executada por todo o Oriente Médio.
Na terça-feira (31), o Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que enfrenta uma campanha por reeleição e um processo de impeachment, acusou o Irã de orquestrar a violência no Iraque e ameaçou responder militarmente ao Irã. Trump afirmou não desejar guerra.
Nesta quinta-feira (2), Trump ordenou um ataque a drone no Aeroporto Internacional de Bagdá. A operação resultou na morte de Qassem Soleimani, general da Força Al Quds, unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã. Oficiais iranianos prometeram retaliar.