Os Estados Unidos confirmaram nesta quinta-feira (3) que executaram um ataque aéreo responsável por matar Qasem Soleimani, comandante das Forças Al-Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã, na capital iraquiana Bagdá. As informações são da Agência Anadolu.
O ataque perto do Aeroporto Internacional de Bagdá resultou na morte de Soleimani, um dos mais poderosos comandantes das Guardas Revolucionárias do Irã, e de Abu Mahdi al-Muhandis, vice-presidente do grupo iraquiano Hashd al-Shaabi (Unidades de Mobilização Popular), conforme relatou a mídia local.
“Sob orientação do Presidente [Donald Trump], o Exército dos Estados Unidos assumiu ações defensivas e decisivas a fim de proteger nosso pessoal no exterior, ao matar Soleimani,” afirmou o Pentágono em declaração.
Soleimani era comandante das Forças Al-Quds, classificadas como grupo terrorista pelos Estados Unidos desde 2007. Estima-se que o grupo possua 20.000 membros.
Pouco após repercutirem as notícias do assassinato dos líderes militares locais, Trump compartilhou em sua página no Twitter uma imagem da bandeira americana em baixa resolução, sem qualquer comentário posterior.
O Pentágono acusou Soleimani de planejar ataques contra diplomatas e oficiais americanos no Iraque e na região, alegando que o líder assassinado foi responsável pela morte de centenas de oficiais americanos e membros da coalizão.
“Este ataque teve como objetivo dissuadir futuros planos de ataque iranianos. Os Estados Unidos continuarão a realizar todas as ações necessárias para proteger nosso povo e nossos interesses, onde quer que estejam no mundo,” anunciou o Pentágono em sua declaração.
O ataque americano ocorreu diante de tensões cada vez maiores entre Irã e Estados Unidos, após milhares de manifestantes iraquianos invadirem o complexo da embaixada americana em Bagdá na última terça-feira (31), em protesto contra ataques aéreos executados no domingo (29) em território do Iraque e da Síria contra posições do grupo paramilitar Kataib Hezbollah. Os ataques de domingo resultaram na morte de ao menos 25 pessoas, entre as quais combatentes do grupo, além de soldados e policiais iraquianos.
Os ataques aéreos americanos foram uma resposta a um ataque de foguete executado na sexta-feira (27) contra uma base militar em Kirkuk, no norte do Iraque. Os Estados Unidos culparam o Kataib Hezbollah, que é parte da organização Hashd al-Shaabi, apoiada pelo Irã. Os ataques de sexta-feira resultaram na morte de um prestador de serviços americano não identificado e feriram quatro outros oficiais americanos.