Adel Abdul-Mahdi, primeiro-ministro em exercício do Iraque, reiterou ontem (6) que seu país não servirá de cenário para um eventual “acerto de contas” entre Estados Unidos e Irã. As informações são da Agência Anadolu.
Abdul-Mahdi fez tais comentários durante um encontro com Zhang Tao, Embaixador da China em Bagdá, no gabinete do primeiro-ministro na capital iraquiana, segundo declaração emitida por seu governo.
Conforme a declaração, o primeiro-ministro em exercício afirmou: “Washington tem auxiliado o Iraque em sua guerra contra o grupo militante Estado Islâmico e não desejamos tomar parte em nenhum conflito.”
Abdul-Mahdi reiterou que a presença de tropas dos Estados Unidos no país deu-se como resultado de uma decisão iraquiana e que sua retirada também representa uma decisão soberana do país árabe.
O embaixador chinês reafirmou que a China “apoia fortemente o Iraque e presta atenção ao desenvolvimento das relações com Bagdá”. Zhang Tao também observou que o governo em Pequim deseja trabalhar para “reconstruir e conceder auxílio ao governo e povo iraquianos” e destacou sua disposição em “aumentar a cooperação militar e de segurança” com o Iraque.
No último domingo (5), o parlamento iraquiano aprovou um requerimento para a retirada de todas as tropas americanas e estrangeiras do país, em resposta aos protestos cada vez maiores contra a morte de Qassem Soleimani, proeminente general iraniano das Forças al-Quds (unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã), em território do Iraque.
O comandante iraniano foi executado por um ataque americano a drone ratificado pelo Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, perto do Aeroporto Internacional de Bagdá, na última sexta-feira (3).