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Cisjordânia teve 14 acidentes fatais no trabalho em 2019

Trabalhadores em canteiro de obras. Em Jerusalém, 10 de junho de 2012 [Mahfouz Abu Turk/Apaimages]

O Ministério do Trabalho da Palestina confirmou que 2019 teve um salto no número de acidentes fatais no local de trabalho na Cisjordânia e em Israel.

O número de lesões não fatais no local de trabalho também dobrou desde 2018.

O ministério indicou que no ano passado foram registrados 14 feridos fatais na Cisjordância e 28 nos territórios de 1948.

Firas Abu Hammad, chefe do Departamento de Saúde e Segurança Ocupacional do Ministério do Trabalho, disse que “o setor de construção é um dos mais perigosos da Palestina”.

Ele explicou que “o aspecto preventivo das medidas e requisitos de segurança e saúde ocupacional para trabalhadores e empregadores é severamente deficiente. Consequentemente, a extensão do comprometimento de trabalhadores e empregadores com essas medidas também é insuficiente, o que leva a registrar altos índices de lesões, especialmente neste setor. A atitude descuidada em relação à execução das medidas preventivas necessárias deve-se ao papel insuficiente dos representantes dos empregadores e dos trabalhadores em aumentar a conscientização e fornecer a seus colegas as diretrizes necessárias para os procedimentos de segurança e saúde ocupacional.

Segundo Abu Hammad, cerca de 70% das lesões fatais no local de trabalho registradas em 2019 ocorreram no setor de construção, que testemunhou um aumento da força de trabalho em comparação a 2018.

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As estatísticas do Ministério do Trabalho indicaram que lesões fatais no local de trabalho na Cisjordânia, registradas entre 2015 e 2019, atingiram um pico em 2015 com 21 acidentes fatais, enquanto o número documentado de lesões em 2016 e 2019 foi o mesmo, de 14 lesões. O percentual de lesões havia diminuido em 2017, com 11 lesões fatais.

De acordo com um relatório divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério, o ano de 2018 testemunhou a menor taxa de ferimentos fatais no local de trabalho durante os cinco anos, registrando apenas sete feridos. É perceptível que, no período entre 2015 e 2018, houve uma diminuição geral no número de lesões fatais no local de trabalho registradas pelo Ministério do Trabalho. No entanto, em 2019, o número desses ferimentos aumentou drasticamente, dobrando a taxa em relação a 2018.

Em relação ao número de acidentes de trabalho registrados na Cisjordânia no período entre 2015 e 2019, o maior número de acidentes documentados ocorreu em 2019, atingindo 880, seguido por 808 acidentes de trabalho em 2017, 776 casos em 2018 e 682 casos em 2016, com o menor nível registrado em 2015, atingindo 664 lesões. Assim, o Ministério do Trabalho tornou-se mais consciente da importância de registrar e documentar esse tipo de lesão.

No plano da Diretoria de Inspeção e Proteção do Trabalho do Ministério do Trabalho , para reduzir o número de feridos fatais no local de trabalho em 2020, o diretor geral de Inspeção e Proteção do Trabalho, , Ali Al-Sawi, indicou que “as intervenções mais importantes para reduzir as lesões fatais no local de trabalho são direcionadas ao setor de construção em escala nacional e ao longo do ano, já que a maior incidência foi registrada nesse setor. A diretoria concentrará suas visitas de campo nos canteiros de obras em todas as províncias do país. Assim, reformas profissionais serão realizadas nesses locais e medidas legais estritas serão tomadas contra empregadores que não cumprirem os regulamentos. ”

Quanto ao número de feridos fatais registrados em Israel pelo Ministério do Trabalho entre 2015 e 2019, a maior taxa foi registrada no ano de 2019, com 28 casos, seguidos por 26 em 2015, 25 em 2018 e 24 em 2016, sendo a menor taxa documentada em 2017, com 15 casos. É perceptível a partir desses números que as taxas registradas de lesões fatais no local de trabalho dentro de Israel geralmente são próximas nos últimos cinco anos.

Em relação ao número de lesões registradas no local de trabalho em Israel no período entre 2015 e 2019, os anos de 2015, 2016 e 2017 foram os mais altos, atingindo sucessivamente 427, 492 e 513, enquanto o nível de documentação na Linha Verde diminuiu. em 2018 e 2019, respectivamente, para 318 e 316.

Abdel Kareem Mardawi, chefe da Unidade Externa de Emprego, afirmou que as medidas preventivas se cristalizariam através da realização de campanhas de conscientização e sessões de educação para os trabalhadores em Israel sobre os riscos à saúde e lesões físicas resultantes de acidentes no local de trabalho.

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