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Estados Unidos confirma morte ‘evitável’ de cidadão egípcio-americano preso no Egito

Moustafa Kassem, cidadão egípcio-americano, detido em uma prisão no Egito

Nesta segunda-feira (13), os Estados Unidos confirmaram a morte de Moustafa Kassem, cidadão egípcio-americano detido em uma prisão no Egito, onde estava em custódia desde 2013. Washington prometeu manter sua postura de expor suas preocupações diante do péssimo histórico de direitos humanos do atual governo egípcio. As informações são da agência Reuters.

“Estou profundamente triste em saber hoje que faleceu o cidadão americano Moustafa Kassem, aprisionado no Egito,” declarou David Schenker, Secretário-Assistente para Assuntos do Oriente Próximo, em comunicado para o Departamento de Estado americano.

“Sua morte em custódia foi desnecessária, trágica e evitável,” denunciou Schenker. “Continuaremos a expor nossas graves preocupações diante das violações de direitos humanos e dos americanos detidos no Egito, sempre que pudermos.”

Kassem foi condenado a prisão em setembro de 2018, ao lado de dezenas de outros, após um protesto sit-in – manifestação pacífica em espaço público – que terminou em repressão violenta, resultando na morte de centenas de manifestantes.

O julgamento coletivo condenou à prisão outras 600 pessoas, sob acusação de assassinato e incitação à violência durante protesto a favor da Irmandade Muçulmana, na praça de Rabaa Adawiya, no Cairo, capital do Egito.

Washington, no entanto, é o aliado ocidental mais próximo do Cairo e um de seus principais doadores.

Ativistas de direitos humanos afirmam que o Presidente do Egito Abdel Fattah al-Sisi supervisionou pessoalmente um sistema repressivo sem precedentes contra liberdades civis no Egito, desde 2014, quando tomou o poder via golpe de estado. Sisi e seus apoiadores alegam que as medidas assumidas são necessárias para manter a estabilidade no país e responder às ameaças de militantes islâmicos.

A repressão aos protestos na praça de Rabaa foi o incidente com maior índice de mortes nos levantes que sucederam as manifestações populares de 2011, responsáveis por depor o longevo ditador Hosni Mubarak.

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