O Comitê de Prisioneiros e Prisioneiros Libertos da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) anunciou nesta quarta-feira (15) que Israel continuará a impedir o acesso a 250 corpos de vítimas palestinas em seus infames “cemitérios coletivos”, relatou a rede de notícias palestina Al Watan Voice.
Segundo Hassan Abed-Rabbu, porta-voz do comitê, enterrar as vítimas palestinas em “cemitérios coletivos” contradiz todas as leis de direitos humanos internacionais, incluindo a Convenção de Genebra.
Abed-Rabbu descreveu tal medida israelense como “antiética” e “racista”, reiterando que trata-se de um tipo de punição coletiva que resulta em danos psicológicos severos para as famílias das vítimas.
“A falta de informação sobre o paradeiro de tais cemitérios multiplica a dor das famílias dos mártires”, destacou Abed-Rabbu. “Todos estes mártires eram muçulmanos e não foram enterrados segundo os costumes islâmicos ou palestinos.”
Abed-Rabbu declarou que o bloqueio do acesso aos corpos ocorre ora por meio de ordens executivas dos ministros de defesa de Israel, ora por decisões judiciais. Ambas, no entanto, têm o objetivo de impor pressão aos palestinos a fim de coibir atos de resistência contra a ocupação israelense, ou mesmo serem utilizados como moeda de troca para uma eventual troca de prisioneiros.
O porta-voz do comitê da OLP reconhece que todos os esforços exercidos para tentar liberar os corpos não chegou a “qualquer resultado tangível”.