Forças de segurança detiveram ao menos cem pessoas que participaram dos dois dias de protestos que ocorreram em Beirute nesta semana. Algumas das manifestações resultaram em ataques a agências bancárias, segundo advogados que acompanham os casos.
Na noite de terça-feira (14), Beirute vivenciou confrontos entre manifestantes e forças de segurança, que resultaram em feridos de ambos os lados.
Durante os confrontos, manifestantes na Rua Hamra quebraram as fachadas de diversas agências bancárias e destruíram caixas eletrônicos, como expressão de sua indignação diante das severas restrições bancárias impostas no país.
Forças de segurança anunciaram logo depois a prisão de “59 suspeitos de distúrbios e ataques”.
Em novos confrontos ocorridos na noite de quarta-feira (15), manifestantes protestaram em frente à sede da polícia de Beirute, exigindo a soltura de todos os detidos na noite anterior.
Forças de segurança voltaram a utilizar a força para dispersar os manifestantes, que atiravam pedras contra eles, o que resultou em novas prisões, conforme relatos de ativistas e advogados à rede de notícias AFP, embora o número de detidos não tenha sido oficialmente divulgado.
A Cruz Vermelha do Líbano contou 47 feridos, 37 dos quais foram levados a hospitais para tratamento. Fotógrafos e jornalistas também foram agredidos; alguns destes exibiam imagens ao vivo dos protestos quando sofreram as agressões.
Segundo estatísticas do Comitê de Advogados para Defesa de Manifestantes, as forças de segurança mantêm hoje 101 pessoas detidas sobre as manifestações desta semana, 56 das quais – incluindo cinco menores de idade – foram presas somente na noite de quarta-feira, além de outras 45 pessoas presas desde terça-feira.