O Observatório Sírio para Direitos Humanos anunciou nesta quinta-feira (16) que ao menos 39 combatentes foram mortos durante confrontos entre forças do regime sírio e rebeldes armados, na província de Idlib.
“Confrontos eclodiram em torno da meia-noite de quarta-feira (15), ao sul da cidade de Maarat Al-Numan, junto de pesado bombardeio, a despeito da trégua turco-russa”, relatou Rami Abdul Rahman, chefe do Observatório Sírio para Direitos Humanos.
A entidade também revelou que 22 rebeldes armados, a maioria do grupo paramilitar Hayat Tahrir Al-Sham (antes conhecido como Jabhat Al-Nusra) e 17 soldados do governo e aliados foram mortos no combate.
As forças do regime sírio do Presidente Bashar al-Assad conseguiram estabelecer controle sobre ao menos duas aldeias, a somente sete quilômetros de distância de Maarat Al-Numan, cidade cujos residentes estão quase plenamente evacuados, segundo informações das Nações Unidas.
Ao menos 18 civis, incluindo duas crianças e um membro da defesa civil (Capacetes Brancos), foram mortos em ataques aéreos lançados pelo regime sírio contra a cidade de Idlib.
Rússia e Turquia anunciaram um cessar-fogo na província de Idlib. Segundo relatos, a preparação para a trégua avançou por iniciativa de Moscou na última quinta-feira (9). A Turquia, entretanto, confirmou sua participação nos planos para um armistício no domingo (12).
Nas últimas semanas, forças do regime sírio e aliados russos intensificaram seus ataques aéreos contra Idlib, apesar do tratado de cessar-fogo posto em exercício em agosto de 2019.
Desde dezembro, a Organização das Nações Unidas reportou ter documentado o deslocamento forçado de aproximadamente 350.000 civis, principalmente da região de Idlib em direção a áreas mais seguras, como a fronteira com a Turquia.
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