Diversas imagens veiculadas à imprensa tornaram públicos os efeitos graves das torturas executadas contra um prisioneiro palestino, identificado como Walid Hanatsha, dentro de um presídio israelense, conforme divulgado pela agência de notícias Shehab na última sexta-feira (17).
As imagens mostram os efeitos da tortura em diferentes partes do corpo do prisioneiro, incluindo pescoço, coxas e pernas.
Bayan Hanatsha, esposa do prisioneiro, revelou que seu marido foi submetido a três rodadas de tortura – a primeira com duração de doze dias – durante as quais foi interrogada 23 horas por dia.
Segundo o advogado de Hanatsha, a ocupação israelense impôs cinco métodos de tortura distintos durante os interrogatórios. Por exemplo, Hanatsha foi pendurado pelas mãos amarradas em suas costas, além de vendado, e permaneceu nesta posição de estresse até desmaiar.
Sua esposa relatou que, quando Hanatsha enfim despencou sobre o chão, um interrogador sentou-se sobre sua barriga e golpeou seu peito, enquanto pressionava sua garganta. Os outros interrogadores seguravam seus ombros. A esposa do prisioneiro palestino também relatou que os interrogadores israelenses arrancaram cabelos do rosto e cabeça de Hanatsha.
O prisioneiro foi detido em outubro de 2019, em sua residência em Ramallah, na Cisjordânia ocupada. Hanatsha é um proeminente organizador de eventos filantrópicos na Palestina ocupada. Foi acusado por Israel de financiar um ataque cometido pela resistência palestina que resultou na morte de um colono israelense.
A ocupação israelense também acusa Hanatsha de ser membro da Frente Popular para a Libertação da Palestina. Hanatsha passou, até então, seis anos de sua vida nas cadeias de Israel.