O governo britânico expressou grave preocupação sobre a demolição de propriedades palestinas por forças de Israel nos territórios palestinos ocupados, ao descrever a prática vigente como violação da lei internacional.
Na segunda-feira (20), ao responder em nome do governo conservador a uma questão sobre o número de residências palestinas demolidas por forças da ocupação israelense, o Lord Ahmad de Wimbleton – Ministro de Estado para a Comunidade das Nações, Nações Unidas e Sul da Ásia – relatou ao Parlamento que o Reino Unido está “seriamente preocupado com a demolição constante de propriedades palestinas por autoridades israelenses”.
A declaração oficial prosseguiu: “A prática causa sofrimento desnecessário a palestinos comuns; levanta dúvidas sobre o compromisso de Israel com a solução viável de dois estados e, salvo casos particulares, viola a Lei Humanitária Internacional”.
A grande maioria das demolições executadas por forças israelenses na Cisjordânia ocupada justificam-se pela falta de alvará para construção. Entretanto, conforme revelou-se nesta semana, as autoridades de Israel aprovaram somente 21 dos 1.485 requerimentos palestinos para realizar construções na chamada Área C, na Cisjordânia, entre 2016 e 2018. Tais dados oficiais foram obtidos como direito livre à informação pela organização humanitária israelense Bimkom.
Lord Ahmad também afirmou que diplomatas da Embaixada do Reino Unido em Tel Aviv “expressaram reiteradamente suas preocupações sobre as demolições conduzidas por autoridades israelenses”, e observou que os representantes de seu país também levaram a questão ao informe sobre Oriente Médio do Conselho de Segurança da ONU, em dezembro último.
Em nome do governo britânico, concluiu sua resposta com um apelo para que “as autoridades israelenses suspendam a política contraprodutiva de demolições, e forneçam uma rota clara e transparente para permitir que os palestinos construam na Área C”.
Entretanto, Israel já declarou anteriormente intenções de aumentar o número de assentamentos na região a fim de anexá-la definitivamente ao seu território.