Nesta sexta-feira (24), forças policiais israelenses invadiram o complexo da Mesquita de Al-Aqsa, ponto crítico de Jerusalém, em esforço para evacuar o local logo após as orações da manhã. A operação resultou em ao menos treze detidos, segundo testemunhas. As informações são da Agência Anadolu.
Centenas de palestinos realizavam suas orações da manhã na Mesquita de Al-Aqsa, em resposta à campanha Amanhecer da Esperança, promovida nas redes sociais, um apelo para que os palestinos demonstrassem sua devoção ao comparecer à mesquita, em repúdio às incursões israelenses.
#Watch| Israeli soldiers attacked worshipers at #AlAqsa mosque following Fajr prayer today and used stun grenades and rubber-coated metal bullets, leaving injuries. #Jerusalem #Palestine pic.twitter.com/5W1hibTmqM
— Quds News Network (@Qudsn_en) January 24, 2020
Logo após as primeiras orações desta sexta-feira, soldados israelenses atacaram fiéis na Mesquita de Al-Aqsa com granadas de atordoamento e balas de borracha, deixando feridos
Tel Aviv impõe medidas severas em muitos bairros de Jerusalém Oriental, onde Al-Aqsa está localizada, ao instituir diversos postos de controle, invadir estabelecimentos comerciais e realizar revistas abusivas em veículos civis.
Israel ocupou Jerusalém Oriental durante a chamada Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Em movimento jamais reconhecido pela comunidade internacional, Israel anexou toda a cidade em 1980 e a autoproclamou capital “eterna e indivisível” do estado judeu.
Reverenciada por muçulmanos, cristãos e judeus, Jerusalém abriga a Mesquita de Al-Aqsa, terceiro local mais sagrado para a religião islâmica. Os judeus referem-se à área como Monte do Templo e alegam que foi local de dois proeminentes templos judaicos na Antiguidade. O complexo também inclui a Igreja do Santo Sepulcro, um dos locais mais sagrados para o cristianismo.