A Autoridade Palestina (AP) anunciou na noite de quinta-feira (23) que pretende assumir medidas de proteção legal para os palestinos, caso os Estados Unidos de fato anunciem o chamado “acordo do século” sem alterações, relatou a agência de notícias Quds Press.
Nabil Abu Rudeineh, porta-voz da Autoridade Palestina, declarou: “Nossa postura é firme. Exigimos o fim da ocupação israelense sobre os territórios palestinos de 1967, incluindo Jerusalém Oriental”. E reiterou: “A liderança palestina possui uma posição clara e inabalável, rejeitar as decisões de Trump sobre Jerusalém e outras questões, além de todos os elementos concernentes ao chamado acordo do século.”
Abu Rudeineh alertou que, caso o acordo seja anunciado em seu formato atual, rejeitado em absoluto pelos palestinos, uma série de medidas serão tomadas para proteger os direitos legítimos do povo palestino e para reivindicar que Israel assuma sua responsabilidade plena como potência ocupante.
O oficial da Autoridade Palestina prosseguiu: “Alertamos Israel e a administração americana sobre transpor limites.”
Na quinta-feira, a Casa Branca anunciou que o Presidente dos Estados Unidos Donald Trump convidou os líderes dos dois principais partidos israelenses – Benjamin Netanyahu, do Likud, e Benny Gantz, da coalizão Azul e Branco (Kahol Lavan) – para Washington, a fim de discutir com ambos a proposta para a região.
Israel deve realizar eleições legislativas em março deste ano, após duas rodadas eleitorais efetivamente fracassarem na composição de um novo governo. O país permanece em impasse político, à medida que Netanyahu – primeiro-ministro em exercício – também é acusado de uma série de crimes de corrupção.
Acordo de Trump – cartum [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]
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