Israelenses que moram em locais próximos ao território que se tornariam parte da entidade autônoma palestina prevista no “plano de paz” do governo Trump criticaram ontem a proposta.
O chefe do Conselho Regional de Ramat HaNegev, Eran Doron, ficou “chocado” ao descobrir que o plano dos EUA inclui “a transferência de terras perto das quais 200 famílias vivem principalmente de culturas agrícolas”.
“Quando eles apresentaram o mapa, vi que parte da minha área de jurisdição foi retirada”, disse Doron, em comentários relatados pela Ynet. “Ninguém falou comigo, nem antes nem depois. Talvez agora que as celebrações em Washington terminem, algumas conversem comigo.
“Dizemos isso simplesmente – com todo o respeito à preservação do assentamento judaico na Cisjordânia, não às custas do assentamento judaico no Negev”.
Doron também escreveu ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu expressando sua infelicidade com o plano.
“Infelizmente, soube ontem à noite que, para preservar os assentamentos judaicos na Cisjordânia, você está disposto a desistir do assentamento judaico no Negev”, dizia a carta de Doron.
“Convido você a vir e ter uma impressão do assentamento sionista pioneiro aqui antes de concordar em entregá-lo. Espero que você se comprometa a proteger o assentamento judaico no Negev pelo menos tanto quanto você está comprometido em proteger o assentamento judaico na Cisjordânia.
Outro morador do sul,em um assentamento transferido do Sinai, disse à Ynet: “A primeira coisa que procuramos foi um lugar onde possamos estabelecer uma comunidade sabendo que ela está dentro do território israelense e não seremos evacuados novamente. No entanto, provamos que estávamos errados. ”
“Este plano quer nos transformar em um enclave dentro de um país diferente.”
O morador continuou: “Em vez de desenvolver mais essa área – eles querem entregá-la aos habitantes de Gaza. Todo mundo sabe o que virá depois … não há chance de a área se desenvolver se a entregar e a transformar em um enclave no “estado do Hamas-tan”. “