Neste sábado (1°), um tribunal egípcio sentenciou Hisham al-Ashmawy e outros 36 réus à pena de morte por crime de terrorismo, segundo relatos de fontes locais à agência Reuters.
Ashmawy, ex-oficial das forças especiais do Egito, liderava o Ansar Bayt al-Maqdis, com base na Península do Sinai – grupo paramilitar mais ativo em território egípcio até filiar-se ao Daesh (Estado Islâmico), em 2014.
Ashmawy foi capturado na cidade de Derna, no leste da Líbia, no fim de 2018, e transferido ao Egito por autoridades leais ao comandante líbio Khalifa Haftar, em maio de 2019. Haftar, por sua vez, combate o governo líbio reconhecido internacionalmente na capital Trípoli, com apoio egípcio e de outros países.
O ex-oficial egípcio foi condenado por diversas acusações, incluindo planejar um atentado terrorista em 2014, que resultou na morte de 22 guardas militares perto da fronteira com a Líbia, além de envolvimento na tentativa de assassinato de um ex-Ministro do Interior do Egito, em 2013, segundo fontes militares.
Os outros 36 réus julgados ao seu lado também foram condenados por acusações de terrorismo, determinou a corte.
A pena capital então foi encaminhada para o Grão Mufti do Egito, representante máximo da lei islâmica no país. A legislação egípcia requer que qualquer pena de morte seja encaminhada ao Grão Mufti para consulta, antes de realizar as execuções.
A corte agendou uma nova sessão para o dia 2 de março deste ano, a fim de confirmar as sentenças após receber o parecer não-vinculativo do Grão Mufti.
Já em novembro de 2019, uma corte militar havia sentenciado Ashmawy à pena de morte em outro caso de terrorismo. Cortes civis e militares do Egito também o condenaram in absentia antes de sua extradição, quando ainda estava detido na Líbia.