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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Erekat condena alegações de Kushner de que os palestinos são incapazes de chegar à paz

Da esquerda para a direita: Secretário-Geral da Liga Árabe Ahmed Aboul Gheit, Secretário-Geral do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) Saeb Erekat, Presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas e Ministro de Relações Exteriores do Iraque Mohamed Ali Alhakim em reunião extraordinária da Liga Árabe sobre o “plano de paz” de Donald Trump para o Oriente Médio, no Cairo, Egito, 1° de fevereiro de 2020 [Thaer Ghanaim/Presidência Palestina/Agência Anadolu]

Saeb Erekat, Secretário-Geral do Comitê Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), condenou as declarações de Jared Kushner – conselheiro sênior e genro do Presidente dos Estados Unidos Donald Trump – por buscar “distorcer as posições da liderança palestina” em seu repúdio categórico ao chamado “acordo do século”.

Na noite de sábado (1°), Kushner – um dos arquitetos para o suposto “plano de paz” dos Estados Unidos para o Oriente Médio – acusou a liderança palestina de “possuir um histórico perfeito de fracassos em realizar acordos de paz”.

Em resposta, Erekat afirmou: “As declarações de Kushner contradizem a realidade do que estão fazendo a administração dos Estados Unidos e o governo da ocupação israelense.”

Trump anunciou oficialmente o chamado “acordo do século” na última terça-feira (28); contudo, sem qualquer representante palestino presente na ocasião. Ao fazê-lo, Trump referiu-se a Jerusalém como “capital indivisível de Israel”.

O suposto “plano de paz” anula unilateralmente diversas resoluções prévias das Nações Unidas referentes à causa palestina e atrai críticas por conceder a Israel quase todas as suas demandas.

Erekat reiterou que Kushner e seus colegas desejam impor novas conjunturas a questões históricas e acreditam que podem ditar perpetuamente um sistema de apartheid e colonização sobre o povo palestino.

O oficial palestino ainda enfatizou: “A ocupação deve ter fim, e a solução de dois estados deve ser implementada conforme as fronteiras de 1967; caso contrário, outras soluções são fadadas ao fracasso”.

“A conquista da paz e a restauração dos direitos de nosso povo são a prioridade”, concluiu Erekat.

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