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Presidente eleito do Uruguai rejeita transferir embaixada mas considera escritório em Jerusalém

Presidente eleito do Uruguai, Luis Lacalle Pou (esq.) faz self com a delegação judaica que o visitou. Em 29 de janeiro de 2020[CCIU]

Apos o Uruguai adotar a definição de antissemitismo da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), o presidente eleito para o próximo mandato,, recebeu, na semana passada, representantes da comunidade judaica no país para tratar de temas como embaixada, Hesbollah e educação.A adoção da definição de trabalho da IHRA, que considera manifestações de antissionismo exemplos de antissemitismo, foi anunciada pelo atual Ministério das Relações Exteriores do país, em 27 de janeiro, como parte da celebração do Dia Internacional da Comemoração em Memória das Vítimas do Holocausto.

Participaram da visita ao futuro presidente – ele será empossado no dia 1º de março – representantes do Comitê Central Israelita do Uruguai (CCIU), Comunidade Israelense do Uruguai, da Nova Congregação Israelita, da Comunidade Israelita Sefardita e da Comunidade Israelita Húngara do Uruguai .

Na ocasião, o presidente uruguaio foi indagado sobre a possibilidade de transferir a embaixada em Israel, de Tel Aviv para Jerusalém, como fizeram os Estados Unidos, e de classificar do Hesbollah como terrorista, a exemplo recente dos vizinhos Paraguai, com proposta já aprovada, e Argentina, em tramitação desde o final do governo de Maurício Macri, em 2019. Às duas questões, Luis Lacalle Pou disse não, mas segundo o Semanário Hebreu Jai, ele aventou que, no caso de Jerusalém, poderá abrir um escritório comercial. Passo semelhante para atender Israel foi dado pelo Brasil, sob o governo de Bolsonaro, que visitou Israel em seu primeiro ano de governo, recuando da promessa de uma embaixada, substituída por um escritório brasileiro em Jerusalém.

A semana de celebração do Holocausto e de anúncio do plano de “Acordo do Século” para o conflito Israel Palestina pelo presidente dos EUA, Donald Trump, foi de pressões sobre o novo presidente uruguaio em torno do tema da transferência. A defesa da medida foi o assunto do último discurso do senador Pedro Bordaberry, antes de encerrar seu mandato pelo partido colorado. “O Uruguai tem que ser aquele farol de defesa daquela democracia, daquele país, daquele Estado de direito”‘, declarou o político, referindo-se a Israel.

O site Ecos do Uruguai lembrou que desde setembro de 2019, o novo presidente vem dizendo que não pode se comprometer com a transferência, contra as resoluções da ONU:

“Está claro para mim que para os israelenses a capital é Jerusalém, mas não posso me comprometer hoje a agir dessa maneira. Alguns países avançaram em escritórios comerciais, não sou contra, mas hoje não posso responder que faria essa transferência porque somos participantes de a ONU e, nesse sentido, seguimos suas recomendações e seguimos suas opiniões “, disse Lacalle Pou ao Comitê Central de Israel.

Sobre a classificação de Hesbollah como terrorista, o próximo presidente disse o mesmo à delegação judaica que o visitou agora: seguirá as normas da ONU, que não tratam dessa forma a organização libanesa.

Os visitantes elogiaram a adesão do atuação governo do Uruguai à definição de trabalho da IHRA, mas demonstraram preocupação em trabalhar para barrar o antissemitismo, afirmando que este “não é sentido na vida cotidiana”. mas que ” se sente muito nas redes por causa do anonimato que elas fornecem.” Para esse combate, a delegação disse esperar o apoio do próximo Ministério do Interior.

Outro pedido foi a inclusão do tema Holocausto no currículo escolar uruguaio, conforme projeto apresentado em setembro e que agora deverá ser levado ao novo ministro da Educação.

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