O então Sultão de Omã Qaboos bin Said, falecido em janeiro deste ano, ofereceu mediar conversas secretas e diretas entre Israel e Irã, após a ascensão do presidente iraniano Hassan Rouhani, conforme relatou a emissora israelense Channel 13.
Segundo a reportagem, a iniciativa de Omã surgiu após a administração do ex-Presidente dos Estados Unidos Barack Obama dar início a uma série de negociações secretas com o regime iraniano, também com mediação omani, em março de 2013, que eventualmente levaram à assinatura do acordo nuclear, em 2015.
A proposta de Omã foi submetida ao governo de Israel em julho de 2013.
Conforme as fontes da reportagem, ex-oficiais israelenses afirmaram na ocasião que “os omanis creem que a ascensão de Rouhani abriu uma porta para novas oportunidades e que as negociações entre Estados Unidos e Irã chegariam a resultados melhores caso houvesse negociações paralelas entre Israel e Irã.”
Segundo oficiais israelenses, a mensagem de Omã a Israel reiterava que “mesmo se não chegarmos a nenhum acordo, o diálogo trará tranquilidade à medida que insistir em recusar negociações diretas poderia levar à guerra entre as duas partes.”
A reportagem relatou também que Tamir Pardo, ex-chefe do Mossad, e diversos oficiais proeminentes da agência de serviço secreto israelense consideravam então a iniciativa de Omã como “séria e digna de consideração”, embora Yaakov Amidror, ex-conselheiro de segurança nacional, preferiu rejeitá-la veementemente.
O Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu, Pardo e Amidror discutiram a proposta de Omã no gabinete de governo e decidiram rejeitá-la a fim de não conceder “legitimidade às conversas entre Estados Unidos e Irã”.
A reportagem da emissora israelense não abordou as posições do regime iraniano sobre a oferta de Omã.
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