Mohammed Mustafa, presidente do Fundo de Investimentos da Autoridade Palestina, declarou nesta terça-feira (11) que não há qualquer plano de cooperação com parceiros israelenses para desenvolver um campo de gás na costa de Gaza. As informações são da agência Anadolu.
Mustafa afirmou que um parceiro israelense é proposto há anos, mas rejeitado reiteradamente pela Autoridade Palestina, em favor de uma eventual parceria internacional.
O oficial palestino destacou que Israel, potência ocupante, controla a segurança das águas territoriais palestinas, com o objetivo de “facilitar” o desenvolvimento dos campos de gás natural palestinos localizados no litoral da Faixa de Gaza – conhecidos como Marinha de Gaza.
Israel, portanto, tem de autorizar a entrada do equipamento necessário para desenvolvimento da estrutura, seja por terra – via fronteira com Gaza – ou pelo leste do Mar Mediterrâneo.
Segundo Mustafa, a Autoridade Palestina possui uma empresa internacional envolvida na questão, com o propósito de garantir que as reservas de gás ainda estejam à disposição. “Temos certeza de que ainda estão lá”, reiterou Mustafa.
Em janeiro, o Ministro de Energia de Israel Yuval Steinitz relatou, durante cúpula sobre questões energéticas no Cairo, capital do Egito, que havia discussões em curso entre seu governo e a Autoridade Palestina a fim de fornecer gás natural a Israel, em troca do desenvolvimento da Marinha de Gaza.
A Marinha de Gaza é um campo de gás natural de grandes proporções descoberto pela empresa de fornecimento energético British Gas na década de 1990. Está localizada a 36 quilômetros da costa de Gaza, no leste do Mar Mediterrâneo.
Entretanto, a despeito da grave crise energética nos territórios palestinos, Israel impede qualquer forma de desenvolvimento desta fonte em potencial, ao impor obstáculos frequentes, além do brutal cerco à Faixa de Gaza.