Autoridades da ocupação israelense deram início à obras para estabelecer uma nova estrada exclusivamente judaica entre os assentamentos ilegais de Eli e Shilo, norte da Cisjordânia ocupada, e o Vale do Jordão.
Ghassan Daghlas, oficial palestino responsável pela questão dos assentamentos no norte da Cisjordânia, relatou ontem (13) à agência de notícias Wafa que a estrada exclusiva aos colonos terá cerca de oito quilômetros de extensão e cortará terras agrárias nas aldeias palestinas de Duma, Telfit, Qaryut e Al-Mughair, ao sul da cidade de Nablus, até a aldeia de Fasayil, na porção central do Vale do Jordão.
Daghlas também destacou que a nova estrada é um dos mais perigosos projetos implementados pelo governo israelense até então, em termos do tamanho das terras tomadas para sua construção, além das restrições impostas ao direito de movimento dos palestinos locais.
Em 2014, o governo de Israel aprovou um enorme plano para construção de dezenas de estradas e vias exclusivas ao colonos judeus na Cisjordânia ocupada, com o objetivo de sitiar e expropriar dezenas de milhares de terras palestinas.
Todos os assentamentos israelenses nos territórios palestinos ocupados são considerados terminantemente ilegais pelas leis e convenções internacionais.
Entretanto, o governo de Israel, sancionado pelo chamado “acordo do século” – proposta do Presidente dos Estados Unidos Donald Trump para o Oriente Médio anunciada em janeiro –, demonstra-se determinado a anexar territórios palestinos da Cisjordânia ocupada.