Pelo menos 7.500 refugiados palestinos deslocados dos campos de Daraa, Homs, Aleppo e Al Yarmouk estão atualmente vivendo no norte da Síria, confirmou na sexta-feira o Centro Civil de Documentação para Refugiados Palestinos no norte da Síria.
Em declarações à Quds Press, o diretor do centro, Abu Mohannad, declarou: “As famílias de refugiados palestinos estão distribuídas em várias cidades do norte da Síria”.
Ele observou que várias instituições de caridade e ONGs turcas, que entram pela Turquia, estão supervisionando vários campos, fornecendo tanques de água, pacotes de comida, utensílios de cozinha, roupas e aquecimento.
Enquanto isso, o centro oferece documentos, incluindo os de identidade e casamento, entre outros.
Abu Mohannad informou à Quds Press que a situação no leste de Idlib é muito difícil, devido às batalhas em andamento entre as forças da oposição e o regime sírio, forçando os refugiados palestinos a se aproximarem de Afrin.
Ele ressaltou que estas são áreas rurais, por isso não há casas suficientes para acolher os refugiados. Portanto, a maioria dos refugiados vive em campos primitivos sem eletricidade e trabalho.
O refugiado palestino Fares Ahmed disse à Quds Press que não testemunhou a Nakba de 1948, mas a experimentou quando foi desalojado de Al Yarmouk em 2018, onde ficou inseguro e sem estabilidade até hoje.
Segundo Abu Mohannad, a Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) está completamente ausente no norte da Síria. No entanto, ele divulgou que existem muitos outros grupos das Nações Unidas entrando na Turquia.
Enquanto isso, ele acusou a Organização de Libertação da Palestina de “negligenciar” completamente os refugiados, apesar dos relatos da situação às altas autoridades palestinas.