O Partido Nacional Umma do Sudão pediu, na quinta-feira, a ratificação do Estatuto de Roma do TPI, para que o Sudão se torne um estado membro, enfatizando que esta etapa “é consistente com os princípios do direito de proteção das populações do mundo”.
Isso veio em uma declaração emitida pelo partido, liderada por Sadiq Al-Mahdi, informou a Anadolu.
A declaração dizia: “O partido pede a ratificação do Estatuto de Roma do TPI, de acordo com o princípio do direito de proteger as populações do mundo e de alcançar muitos ganhos nacionais”.
O Sudão não é um estado membro do Tribunal Penal Internacional (TPI) e não é signatário do Estatuto de Roma; isto é, o tratado fundamental segundo o qual o TPI foi criado.
O tribunal foi estabelecido em 1º de julho de 2002, em Haia, para ser o primeiro permanente com a função de julgar os acusados de genocídio, crimes de guerra e contra a humanidade.
“Acreditamos que a decisão de extraditar as pessoas procuradas para o Tribunal Penal Internacional é o passo certo para alcançar a justiça das vítimas e combater a impunidade” – afirma o partido.
A declaração aponta a necessidade de proteger a revolução sudanesa e enfrentar os desafios de uma frente unificada.
O TPI emitiu dois mandados de prisão contra Al-Bashir, em 2009 e 2010, por acusações relacionadas a crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio em Darfur, sendo que este negou as acusações e acusou o tribunal de ser “politizado”.
O TPI também acusa o ex-ministro da Defesa do Sudão, Abdel Rahim Mohammed Hussein, e ex-governador do Kordofan do Sul Ahmed Haroun, além de um líder tribal e comandante da milícia em Darfur, Ali Kushayb, de cometer crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Darfur.