Um civil foi morto na Líbia como resultado de ataque de foguetes executado por forças paramilitares leais ao general dissidente Khalifa Haftar contra a capital Trípoli.
O cidadão de 50 anos de idade foi morto quando um foguete caiu sobre uma fazenda, conforme informações divulgadas pelo escritório de imprensa da Operação Burkan Al-Ghadab (Vulcão de Fúria), conduzida pelo Governo de União Nacional da Líbia, reconhecido pela ONU.
Segundo relatos, o civil foi exposto ao ataque enquanto regava suas árvores.
Milícias filiadas às forças de Haftar intensificaram ataques de foguetes contra Trípoli desde o início da semana. Como resultado de ataques realizados na quarta (12) e quinta-feira (13), duas pessoas foram mortas e doze feridas. Foguetes que atingiram a ala sul da Universidade de Trípoli resultaram em cinco feridos.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou resolução ainda na quarta-feira para determinar um mandato internacional capaz de supervisionar um eventual cessar-fogo na Líbia.
A resolução pede por um cessar-fogo imediato, fim do envio de armas a ambos os lados, adesão ao embargo de armas e retirada das forças mercenárias presentes no país. Também proíbe interferência de qualquer estado-membro sobre a crise na Líbia.
Catorze países apoiaram a decisão. Rússia se absteve devido à cláusula referente à presença de forças mercenárias – como as forças do grupo privado Wagner, a serviço de Haftar.
A decisão do Conselho de Segurança também convoca todos os países e agentes internacionais que participaram da chamada Conferência de Berlim, em 19 de janeiro, a respeitar os compromissos traçados na ocasião.
Desde a deposição do ditador Muammar Gaddafi, em 2011, dois tronos distintos emergiram na Líbia: o primeiro, no leste, apoiado fundamentalmente pelo Egito e Emirados Árabes Unidos, representado pelo general dissidente Khalifa Haftar; o outro, na capital Trípoli, reconhecido pela ONU e comunidade internacional, representado pelo chamado Governo de União Nacional.