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Turquia puniu oficiais envolvidos em deportação indevida de cidadão egípcio, afirma ministro

Ministro do Interior da Turquia Suleyman Soylu, em Ancara, capital do país, 2 de agosto de 2019 [Baris Oral/Agência Anadolu]

A Turquia jamais deportaria a força qualquer refugiado cuja vida estivesse em perigo no país de origem, declarou ontem (16) o Ministro do Interior da Turquia Suleyman Soylu, em entrevista à rede Al-Jazeera, do Catar.

O ministro reiterou que há “mais de quatro milhões de árabes que vivem hoje na Turquia.”

Ao referir-se ao cidadão egípcio Mohamed Abdelhafiz Ahmed Hussein, de 28 anos, filiado à Irmandade Muçulmana, que foi deportado em janeiro de volta ao Cairo, Soylu observou que seu país de fato “indiciou e condenou aqueles envolvidos no caso”. Ainda enfatizou que a esposa de Hussein está “prestes a receber cidadania turca”.

Após a deposição de Mohamed Morsi, primeiro presidente eleito do Egito, em 2013, e a chegada ao poder de Abdel Fattah el-Sisi, via golpe militar, a Irmandade Muçulmana e outros grupos de oposição ao novo regime passaram a sofrer perseguição política através de sucessivas campanhas de prisão e assassinato de seus membros.

Em julho de 2017, Hussein foi julgado e condenado in absentia ao lado de outras 28 pessoas, em processo no qual recebeu pena de morte pelo assassinato de um promotor público egípcio em atentado executado naquele ano. Foi deportado ao Egito em janeiro último, ao chegar da Somália ao Aeroporto de Ataturk, em Istambul, por não possuir visto de entrada ao território turco.

Sobre relatos recentes de que a Turquia pretende “naturalizar toda a oposição de ativistas do Egito, Síria e Iraque”, o oficial turco respondeu que tais alegações “não possuem fundamento”.

“Mais de 51 milhões de turistas visitaram a Turquia em 2019, comparados a 30 milhões em 2016”, observou Soylu, para corroborar sua afirmação de que o país está seguro. “Jamais permitiremos atos de racismo contra qualquer um na Turquia”, reiterou o ministro, alertando que qualquer um que realize tais atos será devidamente “responsabilizado”.

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