Delegações da Rússia e Turquia encerraram ontem (18) um encontro de dois dias em Moscou com o objetivo de desescalar as tensões na província de Idlib, noroeste da Síria; contudo, não alcançaram qualquer “avanço” concreto.
A reunião a portas fechadas, realizada na sede do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, chegou ao fim sem qualquer declaração oficial emitida pelas partes.
A delegação turca – liderada pelo Vice-Ministro de Relações Exteriores Sedat Onal – e a delegação russa – liderada pelo enviado presidencial para Síria, Sergey Vershinin – reuniram-se na capital da Rússia para discutir formas de reduzir as tensões na província síria.
Segundo fontes diplomáticas da agência Anadolu, a delegação turca enfatizou a necessidade de reduzir tensões em solo e evitar maior deterioração da crise humanitária na região.
Os dois lados também discutiram formas de implementar os acordos de desescalada sobre Idlib, além de medidas capazes de evitar que tais acordos fossem violados.
Em setembro de 2018, Turquia e Rússia chegaram a um acordo para estabelecer uma zona de desescalada em Idlib, onde atos de agressão seriam proibidos, a fim de permitir que civis locais vivessem sem ameaça iminente de guerra.
Desde então, mais de 1.800 civis foram mortos em ataques conduzidos pelo regime sírio do Presidente Bashar al-Assad e aliados russos, em violação dos acordo de cessar-fogo assinado em 2018 e de outro acordo que entrou em vigor em 12 de janeiro último.
As hostilidades resultaram também em mais de 1.7 milhões de sírios deslocados em direção a áreas próximas à fronteira turca, na tentativa de escapar dos intensos ataques executados durante o último ano.