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Voos civis pousam no aeroporto de Aleppo, Síria, pela primeira vez em oito anos

Avião da companhia Syrian Airlines durante decolagem [Dmitry Terekhov/Flickr]

O Aeroporto Internacional de Aleppo, na Síria, retomou voos civis pela primeira vez em quase nove anos, com o primeiro voo de chegada a partir da capital Damasco, aterrisando hoje (19). Nesta quarta-feira, Bishr Al-Yazigi e Ali Hammoud – Ministro do Turismo e Ministro do Transporte da Síria, respectivamente – reabriram oficialmente o aeroporto ao público.

O segundo maior terminal aéreo na Síria foi reaberto após vitórias militares recentes das forças armadas do regime do Presidente Bashar al-Assad, com apoio de força aérea russa, que reconquistou todo o interior da província de Aleppo, além de impor controle absoluto sobre a principal rodovia Damasco-Aleppo, ao tomá-la de grupos de oposição apoiados pela Turquia.

Embora a cidade tenha sido recapturada pelo governo em dezembro de 2016, facções opositoras continuaram a disparar morteiros dos subúrbios. Os confrontos resultaram na falta de segurança ao transporte urbano e tráfego aéreo.

Nos próximos dias, destinos de voos com decolagem no aeroporto de Aleppo incluirão Cairo, capital do Egito, e Damasco, além de voos planejados para Beirute, Dubai, Moscou e Yerevan, capital da Armênia, devido ao alto número de sírio-armênios.

Aleppo é a segunda cidade mais importante da Síria e serviu por anos como centro de sua economia. Nesta terça-feira (18), a província testemunhou milhares de sírios reunindo-se na Praça de Saadallah Al-Jabri, no centro da cidade, para celebrar as vitórias do exército sírio nos últimos dias.

Em discurso televisionado na segunda-feira (17), o Presidente da Síria Bashar al-Assad alertou que a guerra ainda não chegou ao fim, mas que tais triunfos servem de prelúdio à derrota inevitável das forças opositoras.

A província de Idlib, último posto avançado significativo da oposição síria, no noroeste do país, também vivenciou avanços rápidos conduzidos pelas forças do regime sírio com apoio da força aérea russa, incluindo ao reconquistar as cidades estratégicas de Saraqib e Maaret Al-Nouman.

O parlamentar sírio Jirair Reisian relatou à agência estatal de notícias da Armênia (Armenpress): “Embora Aleppo tenha sido, de modo geral, libertada, há ainda áreas atacadas por grupos terroristas. Por isso que o aeroporto de Aleppo não fora reaberto. Hoje já podemos observar com alegria que tais áreas também foram libertadas. Aleppo pode ser declarada uma cidade segura. As pessoas estão em júbilo e hoje, ao meio-dia, residentes de Aleppo se reunirão na praça central para expressar seu apoio e gratidão ao Exército da Síria.”

Entretanto, esforços russos e sírios para reconquistar as províncias de Aleppo e Idlib levou a uma enorme crise humanitária no país, deslocando mais de um milhão de pessoas somente desde o início de dezembro, em fuga para regiões da fronteira com a Turquia. Muitos refugiados são forçados a dormir ao relento a despeito do inverno, o que resultou na morte de ao menos seis crianças.

Conversas recentes entre Turquia – que já abriga 3.6 milhões de refugiados – e Rússia sobre um eventual cessar-fogo na província de Idlib terminaram sem qualquer “progresso”.

O Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan afirmou reiteradamente que seu país usará força militar para forçar a retirada das forças sírias, a menos que recuem até o fim do mês. Erdogan declarou que seu governo está determinado a preservar a zona de segurança de Idlib “não importa o custo”.

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